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PARÁ DE MINAS EM DESTAQUE

Escândalo na região: cigarros produzidos em galpões de Pará de Minas e várias cidades eram vendidos como se fossem do Paraguai

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A Polícia Federal não divulgou novas informações sobre a Operação IlIusio, que está sendo realizada na região para combater uma organização criminosa, especializada na falsificação de cigarros.

No entanto, sabe-se que os agentes envolvidos na operação continuam atuando para cumprir 59 mandados de segurança e o bloqueio de R$20 milhões em bens dos investigados. Está sendo cumprida medida de sequestro de bens e valores, contra 38 pessoas físicas e 28 pessoas jurídicas.

Mais de 165 policiais federais estão trabalhando em várias cidades do país, incluindo Pará de Minas, Pitangui, Nova Serrana, Itaúna e Divinópolis. O nome Illusio se refere à ‘ilusão’, uma vez que os cigarros falsificados eram vendidos ao consumidor final como se fossem contrabandeados, ou seja, produzidos no Paraguai.

A operação está sendo realizada em conjunto com a Receita Federal e com a cooperação do Ministério do Trabalho. Os investigados são suspeitos de atuar na falsificação e contrabando de marcas paraguaias, trabalho escravo, falsificação e uso de documentos falsos, crime contra as relações de consumo, crime contra os registros de marcas, lavagem de dinheiro e descaminho de maquinário usado na fabricação de cigarros.

A partir de investigação realizada pela Polícia Federal e acompanhamento do esquema criminoso pela Receita Federal foi possível identificar toda a cadeia de produção dos cigarros clandestinos na região de Divinópolis, além de toda a organização criminosa envolvida no esquema de fabricação de cigarros paraguaios falsos.

Foi revelado que a quadrilha, chefiada por um empresário de Barueri/SP, buscava trabalhadores no Paraguai para fábricas clandestinas no Brasil. Eles eram submetidos a condições de trabalho análogas à escravidão, com a liberdade tolhida, permanecendo reclusos, sob vigília, e incomunicáveis, por vários meses, no interior dos estabelecimentos. 

Muitos desses trabalhadores também tiveram seus telefones confiscados e eram impedidos de ter qualquer acesso ou contato com o mundo exterior. Eles sequer sabiam o local em que se encontravam, pois eram conduzidos até as fábricas com olhos vendados.

As investigações levaram a Polícia Federal a descobrir que a distribuição dos cigarros falsos era feita em caminhões com a ocultação destes produtos. Eles ficavam escondidos atrás de cargas de calçados produzidos na região de Nova Serrana.

Os presos responderão por um ou mais dos crimes elencados com as respectivas penas máximas: organização criminosa - 8 anos, contrabando de cigarros - 5 anos, descaminho de maquinário - 4 anos, tráfico de pessoas - 8 anos, trabalho escravo - 8 anos, falsificação e uso de documento particular falso - 5 anos, crimes contra as relações de consumo - 5 anos e lavagem de dinheiro - 10 anos.

Fotos: Receita Federal/Divulgação




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