Conforme o JM anunciou há poucos dias a adutora do Rio Pará, construída pela Mineradora Vale a fim de restituir o município pela perda da captação do Rio Paraopeba, está praticamente concluída.
As empresas responsáveis pela obra estão realizando testes de pressão, para verificar a segurança da estrutura de modo que ela possa entrar em funcionamento.
A data de conclusão da testagem ainda não foi divulgada e é justamente essa incerteza que tem incomodado, inclusive, o Ministério Público, que espera pela conclusão prometida para julho do ano passado.
O Jornal da Manhã conversou com o promotor Delano Azevêdo, da Curadoria do Meio Ambiente da Comarca de Pará de Minas.
Ele está acompanhando o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado pela direção da Vale com a Prefeitura de Pará de Minas. O promotor explica que a obra já registrou 100% de conclusão, mas os testes só chegaram a 60%.
Quanto ao atraso da obra, o promotor confirmou que a Vale está sujeita a multa por atraso e isso será negociado somente depois que a adutora for entregue.
O promotor já marcou uma audiência para o dia 5 de fevereiro, próxima sexta-feira, com a participação de representantes técnicos da Vale, da concessionária Águas de Pará de Minas e também da Prefeitura. Ele pretende discutir justamente a conclusão dos testes para que a adutora seja incluída no sistema.
Quanto às indenizações à população ribeirinha diretamente afetada pelos rejeitos da barragem Córrego do Feijão, de Brumadinho, Doutor Delano voltou a dizer que esse assunto está sendo acompanhado pelo Ministério Público, em Belo Horizonte. O MP da Comarca de Pará de Minas se atém aos danos locais, mais especificamente na restituição da adutora do Rio Paraopeba, que era responsável pela maior parte do abastecimento de água do município, mas teve seu funcionamento interrompido devido ao comprometimento do rio com os rejeitos da mineradora.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
