A declaração do adolescente de São Paulo, de que não se arrependeu de matar os pais e a irmã, e que faria tudo de novo porque ficou com raiva quando eles tomaram seu celular, chocou o Brasil e também tem sido um dos assuntos mais constantes em Pará de Minas.
Nas ruas, nas escolas, nos ambientes de trabalho, tem muita gente se perguntando até quando iremos presenciar barbaridades assim. E as respostas dos especialistas na mente humana são assustadoras, porque a menos que aconteça uma grande mudança de postura da sociedade em geral, a violência vai aumentar.
O Jornal da Manhã fez uma importante entrevista com o psicanalista Leone Mesquita e ele descreveu o crime cometido pelo adolescente de São Paulo como o retrato da perda da afetividade humana.
Leone ressaltou que para os viciados nas redes sociais, o convívio familiar, as amizades verdadeiras e o diálogo sincero que alimenta a convivência saudável deixaram de existir. Nesse sentido, a família perdeu o valor:
Leone Mesquita também chama atenção para outra situação que as redes sociais causam aos seres humanos sem que muitos tenham consciência disso – a comparação. E nessa linha de raciocínio, muitos adolescentes também deixaram de respeitar a família:
Como o mundo não vai viver sem tecnologia e ela vai avançar cada vez mais, o conselho do psicanalista é que as famílias reaprendam a conviver com o amor verdadeiro:
E além das situações de conflito dentro de casa, o uso excessivo das telas ainda causa outros problemas, evitando que as pessoas se movimentem mais, o que faz muito bem ao corpo. Até o sono é prejudicado, porque o cérebro está sobrecarregado de informações. O desafio dos pais é grande, e se consiste basicamente na criação de um mundo bom do lado de fora do celular.
