A disputa sempre muito acirrada no Enem, que é a porta de entrada dos estudantes nas universidades públicas, causa um desgaste emocional muito grande entre os candidatos, diante de tanta pressão psicológica.
Relatos feitos pelos representantes das comissões responsáveis pelo acompanhamento das provas dão a dimensão exata do terror criado em torno delas. Candidatos chegam a desmaiar, sem falar naqueles que alegam ‘um branco na memória’, e outros problemas.
Mas a realidade vem mostrando que outros exames aplicados no país também causam pânico nos candidatos, entre eles a realização da prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Dias atrás, uma mulher se atirou da janela de um prédio em Sorocaba, no interior de São Paulo. Ela não teve a identidade revelada e como caiu sobre um telhado, que fica logo abaixo do local onde se jogou, não sofreu ferimentos leves.
O episódio é inédito na história da OAB e teve grande repercussão no país, ao evidenciar a pressão causada nos candidatos. Representantes da entidade lamentam o fato, ao mesmo tempo em que tentam uma explicação aceitável para ele.
Na 18ª subseção da OAB Pará de Minas, a presidente Cristiane de Morais Couto falou ao Jornal da Manhã. Na opinião dela, a pandemia aflorou muito as questões emocionais que, somadas à difícil realidade do país, complicam muito a situação:
As subseções da OAB do Brasil têm se manifestado a respeito. Há um consenso sobre a necessidade do candidato se preparar não só com o estudo, mas com o estado emocional. Um dos principais desafios do mundo atual é o de lidar com a pressão do dia a dia e eventuais frustrações em momentos de intensa cobrança, já que a saúde mental das pessoas anda muito abalada.
