Uma operação conjunta entre o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), vinculado ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e Polícia Militar (PM) foi desencadeada na manhã desta quinta (5) em Nova Serrana.
A operação "Princípio Ativo" tem como foco o combate à falsificação de agrotóxicos. Até o momento, segundo a primeiras informações da PM, duas pessoas foram presas e duas armas de fogo apreendidas. A ação é coordenada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e tem como objetivo cumprir nove mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão na cidade.
Em Nova Serrana, a ação ocorre por meio do promotor Alderico de Carvalho Junior, membro do Gaeco em Divinópolis com mais de 30 policiais militares. A força-tarefa foi autorizada pela Justiça de Igarapava (SP) após três denúncias apresentadas pelo Ministério Público, que também pede bloqueio de bens dos envolvidos para a reparação dos prejuízos à economia.
Além da falsificação, os investigados respondem por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e falsidade ideológica. O esquema, segundo o órgão do Ministério Público, conta com diferentes grupos de atuação interligados, da chefia e do financiamento das atividades à falsificação dos defensivos agrícolas, com participação de agentes públicos.
O Gaeco apurou que, somente em 2018, eles emitiram 808 notas fiscais falsas com um valor superior a R$ 110 milhões em duas empresas investigadas, entre 51 firmas abertas pelos integrantes das organizações criminosas nos últimos anos. A operação, que tem apoio da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil, mira três organizações criminosas que, segundo as autoridades, contam com o envolvimento de agentes públicos, entre eles um policial civil.
Ao todo, serão cumpridos 160 mandados de busca e 35 de prisão preventiva em nove cidades do interior de São Paulo, além de municípios de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
Fonte: G1/Centro-Oeste