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PARÁ DE MINAS EM DESTAQUE

Adoecimento político chega com força aos consultórios médicos

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Parece ficção, dessas que são encontradas nas novelas e nos cinemas, mas é realidade e está bem perto de nós. O Jornal da Manhã conversou com vários psicólogos e psicanalistas em Pará de Minas e apurou que é grande o número de pessoas que continuam sofreram os efeitos da turbulenta política nacional.

O resultado disso aparece nas consultas, onde muitos se queixam do estremecimento nas relações familiares e com os amigos por causa de manifestações em favor de um ou outro candidato.

Segundo apuramos, as desavenças aumentaram muito com a polarização da campanha eleitoral em torno da corrida presidencial. As queixas de desrespeito, manifestações agressivas e enxurrada de críticas que rodeiam os apoiadores mais abertos de Bolsonaro e Lula são frequentes.

O psicólogo M. A. F. informou que esse público tem representado a maior parte de seus atendimentos desde o fim das eleições. Os pacientes que procuram ajuda estão muito ressentidos com acusações e atitudes extremas causadas por pessoas próximas.

Com frequência eles relatam o fim de ciclos de amizade depois de um bate boca presencial ou por meio de aplicativos. E a guerra de palavras se estende com facilidade aos núcleos familiares.

Irmãos que deixaram de conversar, primos que não sentam mais na mesma mesa e nem se olham nas ruas. Sem falar nos casais que arranharam o relacionamento devido à preferência política.

E o adoecimento mental provocado pelos embates políticos não acontece só por aqui. Pesquisas têm mostrado que quase metade dos brasileiros vivenciou alguma briga séria na família, na empresa onde trabalham ou mesmo entre os amigos, antes ou depois das eleições de 30 de outubro.

Recompor esses laços desfeitos pelos rachas é desafiante, porque a política saiu do argumento e da ideologia e passou para algo muito ligado à emoção e aos afetos.

Os especialistas da saúde mental – e estamos vivendo justamente o Janeiro Branco, que trata do assunto – afirmam que não existe receita simples para solucionar o problema e restabelecer a harmonia entre os desafetos gerados pela política.

Mas o ponto de partida começa pelo autoconhecimento, que possibilita diálogos mais serenos com quem tem ideologia oposta. Em resumo, o importante é a pessoa se conhecer para dar conta de estar em um coletivo.

Outro fato importante a ser considerado é que os governos mudam, os políticos divergem ou se juntam, de acordo com seus interesses, por isso não vale à pena comprometer amizades e relacionamentos por causa dela.

Foto Ilustrativa: Arquivo/Rádio Santa Cruz FM






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