Já está disponível nas unidades credenciadas no programa Farmácia Popular em Pará de Minas a oferta, gratuita, de absorventes para a população em situação de vulnerabilidade social. Segundo o Ministério da Saúde, a oferta é direcionada a grupos que vivem abaixo da linha da pobreza e estão matriculados em escolas públicas, em situação de rua ou em vulnerabilidade extrema.
A população recolhida em unidades do sistema prisional também pode ser contemplada. A iniciativa visa combater as desigualdades causadas pela pobreza menstrual. O Ministério da Saúde indicou que, no Brasil, uma a cada quatro meninas falta à escola durante o seu período menstrual e cerca de quatro milhões sofrem com privação de higiene no ambiente escolar.
Rafael Galvão, farmacêutico e proprietário de uma drogaria credenciada ao Farmácia Popular em Pará de Minas, elogiou a oferta gratuita dos absorventes dentro do programa, e alegou que a pobreza menstrual é uma realidade em nossa cidade.
Podem receber absorventes, mulheres com idade entre 10 e 49 anos, inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e que contam com renda familiar mensal de até R$ 218 por pessoa. Estudantes das instituições públicas de ensino também devem estar no CadÚnico, mas, neste caso, a renda familiar mensal por pessoa vai até meio salário mínimo (R$ 706). Para pessoas em situação de rua, não há limite de renda.
Segundo Rafael Galvão, para garantir o benefício, a mulher precisa ter a Autorização do Programa Dignidade Menstrual, disponível gratuitamente no aplicativo MEU SUS Digital. Esse documento, que tem validade de 180 dias, deve ser apresentado na farmácia junto do documento de identificação pessoal.
O farmacêutico aproveita a oportunidade para reforçar a divulgação de outros produtos que são distribuídos gratuitamente via Farmácia Popular para quem é inscrito no CadÚnico. Como exemplo, ele citou fralda e anticoncepcional.
Em caso de dúvidas, o cidadão deve procurar o CRAS mais próximos de casa ou alguma unidade credenciada ao Farmácia Popular em Pará de Minas.
Fotos: Arquivo Pessoal (Rafael) e Ilustrativa: Reprodução Agência Brasil - Ministério da Saúde
