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Discussão de agentes funerários na porta do velório: saiba o motivo da desavença

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Duas funerárias disputando o sepultamento de um homem de 38 anos em Pará de Minas, diante da indignação e da dor de familiares. Enquanto isso, olhares curiosos não perderam a oportunidade de filmar a desavença e disparar o conteúdo dela pelas redes sociais.

O episódio aconteceu na manhã de ontem e logo viralizou. O sepultamento em questão era da vítima do assassinato ocorrido no domingo, no bairro São Paulo. Mas as discussões nada tinham a ver com o caso e sim com a concorrência acirrada do mercado. O Jornal da Manhã apurou que uma funerária da região insistia em fazer o velório da vítima, ignorando a concessão que dá esse direito à empresa Cuidar Assistência que, até pouco tempo, se chamava JadaPax.

A concorrente foi contratada pela família logo após a liberação do corpo pelo Instituto Médico Legal (IML) da cidade de Betim e quando chegou a Pará de Minas esbarrou na situação. Houve discussões na porta do velório, mas o direito da funerária local foi reconhecido e o enterro aconteceu por volta das 11 horas.

O Jornal da Manhã apurou que a licitação pública realizada pela Prefeitura de Pará de Minas, há quase dez anos, dá direito à empresa de realizar todos os sepultamentos de pessoas que morrem aqui. Já quando o óbito ocorre em outra cidade, funerárias concorrentes podem prestar o serviço. 

A exclusividade assegurada em contrato é uma contrapartida às obrigações da Cuidar Assistência. Permanentemente ela precisa bancar os custos dos sepultamentos de pessoas carentes e dos indigentes e na época da licitação ainda bancou outros investimentos na área, que foram exigidos no contrato.

No entanto, o episódio de ontem também expôs uma realidade recente que não era conhecida nem mesmo por nós, da imprensa. Desde primeiro de junho que o Instituto Médico Legal (IML) de Pará de Minas está com as atividades suspensas. A determinação veio da Polícia Civil, diante do impasse criado em torno da responsabilidade empregatícia do auxiliar de necropsia. Durante quase sete anos a funerária de Pará de Minas bancou sozinha a remuneração do profissional. 

Entendendo que a situação não poderia continuar, já que essa responsabilidade seria do município e da Polícia Civil, a empresa tentou um acordo que não saiu por causa de entraves burocráticos. Com a decisão da funerária de não mais custear os serviços do auxiliar de necropsia, a Polícia Civil passou a encaminhar os corpos para o IML de Betim, onde eles são liberados após 48 horas.

Desde o início do mês que a funerária de Pará de Minas faz a remoção do corpo somente até o rabecão e a partir daí a responsabilidade fica com a Civil. E foi nessa nova realidade que aconteceu o velório e o sepultamento da vítima do assassinato do fim de semana. O homicídio é consequência de uma discussão sobre o paradeiro de uma motocicleta.

Houve bate boca, agressões físicas, ameaças e os quatros tiros que tiraram a vida da vítima. O menor confessou a autoria do crime. Ele já cumpriu medidas socioeducativas por atos infracionais, inclusive, roubo.

Foto Ilustrativa: Prefeitura de Pará de Minas






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