Poderia ser um doce qualquer, mas virou febre na internet com o nome de morango do amor. É o mais viralizado nos últimos tempos e muito mais tentador que a versão original, que é a maçã do amor. Os psicólogos têm boas explicações para esse ‘boom’. Uma delas é o fato do doce se apresentar de uma forma muito atrativa aos olhos.
Aí várias partes do cérebro são ativadas, como o córtex pré-frontal e o sistema límbico, que provavelmente levam a pessoa a consumir. Já os nutricionistas afirmam que doces bonitos e bem confeitados, trazem memórias afetivas da infância e com as lembranças consumimos muito mais, impulsionando a popularidade deles.
Mas o que importa mesmo, nesse momento, é que embora a gente saiba que tem pessoas ensinando a receita na internet há mais de um ano, ninguém conhece ao certo a origem desse doce. A ‘febre’ mesmo só começou agora em julho e o doce da vez pode ser comprado por valores que vão de R$12,00 no interior do país a R$30,00 nos grandes centros.
Em Pará de Minas o preço médio também é R$12,00 e a disparada nas vendas se dá por comportamentos com o da adolescente Maria Clara Pereira, que deu a maior canseira no pai até ganhar o seu morango do amor:
Com a dica da Maria Clara nós então procuramos a confeiteira Mariana Moreira, que também mergulhou na febre do momento. Ela recebeu os primeiros pedidos há cerca de três semanas mas, até então, nunca tinha produzido o doce. Com a experiência de tantos anos e entusiasmada com os inúmeros pedidos, Mariana tratou logo de aprender a receita, que não é fácil de ser preparada. Atualmente, ela atende mais de duzentos pedidos por dia:
Tem gente disposta a tentar produzir o doce em casa, mas para esses consumidores Mariana dá uma dica importante: não compensa investir em uma produção pequena, principalmente os marinheiros de primeira viagem:
Além das confeiteiras da cidade, o morango do amor também virou o queridinho das lanchonetes. Uma das mais famosas, a Colorê, já está nos últimos testes para entrar na onda já a partir da próxima semana. O empresário Frederico Lemos conversou com o repórter Roni Anderson:
Essa preocupação da Colorê e de todos os outros que estão se empenhando na produção de um doce de qualidade é muito importante. E não estamos falando isso apenas por causa do paladar.
É que já teve gente que quebrou o dente, por causa da cobertura mal feita, dura demais, enquanto outros machucaram a gengiva e até mesmo pessoas que cortaram os dedos tentando quebrar a cobertura com as mãos. Mas o que fica mesmo, em toda essa história, é a sensação da maioria, que não se arrepende e até pretende comprar mais morangos do amor.
Fotos: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM