Proprietários, funcionários e praticantes de academias e centros de ginástica lamentam o decreto municipal publicado pela Prefeitura de Pará de Minas na última sexta-feira, suspendendo as atividades nesses estabelecimentos.
Como consequência, eles planejam para as 11h uma manifestação em frente à sede da prefeitura, na Praça Afonso Pena, no centro da cidade. O objetivo é sensibilizar o poder público quanto à necessidade de reabertura dos espaços.
Como se sabe, o fechamento das academias se deve à adesão de Pará de Minas ao programa Minas Consciente, forçada pela intervenção do Ministério Público de Minas Gerais ao exigir padronização das medidas preventivas à Covid-19.
O município precisou se enquadrar na chamada onda amarela e, nesse contexto, o funcionamento das academias foi proibido até 21 de agosto, quando termina a vigência do decreto.
O prejuízo não foi somente em Pará de Minas, mas em todos os outros municípios inseridos na onda amarela. A revolta é geral e não está descartada a possibilidade dos proprietários de academias tentarem uma mobilização para dialogar com o Governo de Minas a respeito dos benefícios desses espaços para a saúde da população.
Paulo Barbosa, educador físico de Pará de Minas, conversou com o JM e disse que o serviço oferecido tem grande potencial para ajudar as pessoas nesse momento tão delicado. Ele destaca que os ganhos vão além da questão física, podendo ser importantes também para a saúde mental dos praticantes.
O educador físico torce para que a decisão seja diferente no próximo decreto municipal e pede que as pessoas continuem colaborando com as medidas preventivas para que a cidade reduza a taxa de infecção, o que permitirá a retomada de outras atividades também. Enquanto isso, os exercícios físicos precisarão ser feitos em casa ou ao ar livre, respeitando o distanciamento entre pessoas e com o uso de máscaras e álcool em gel ou líquido.
Foto: Arquivo Pessoal