Em meio às reclamações dos passageiros sobre os serviços da Turi em Pará de Minas, o superintendente da concessionária, Djalma Rocha Júnior, concedeu entrevista ao Jornal da Manhã e explicou a situação enfrentada pela empresa.
Djalma iniciou a conversa dizendo que o sistema de transporte brasileiro está falido, especialmente pelos efeitos da pandemia de covid-19, que reduziu drasticamente a procura pelo serviço e aumentou os custos de operação, como peças e combustíveis.
Como consequência as empresas perderam a capacidade de investimentos na renovação da frota e outras melhorias, e vivem um dilema no dia a dia, pois uma das alternativas para equilibrar as contas é o reajuste do preço das passagens, mas essa decisão é impopular e pode causar impacto direto no orçamento dos passageiros.
O superintendente usou o exemplo da Turi para explicar o déficit nas contas. Segundo ele, para manter o funcionamento das linhas sem prejuízo, o valor da passagem do transporte coletivo em Pará de Minas deveria ser de R$ 6,40, segundo estudos realizados pela empresa. Isso corresponde a dois reais a mais que a tarifa atual.
Sem a revisão tarifária, Djalma Júnior defende o pagamento de um subsídio fixo por parte do Município para amenizar o desequilíbrio financeiro mensal.
Questionado pelo Jornal da Manhã sobre o repasse federal no valor de R$ 1,1 milhão, realizado no ano passado, Djalma reconheceu que o valor ajudou, mas destacou que foi uma situação pontual.
Djalma Júnior anunciou que pretende se reunir com representantes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano para apresentar a planilha de custos e discutir a possibilidade de subsídio ou revisão tarifária. Este encontro ainda não tem data agendada, mas ele espera que seja o mais breve possível diante da necessidade de mais investimentos na frota e no serviço em geral.