Familiares dos detentos da Penitenciária Pio Canedo protestam contra a dificuldade de acesso ao presídio de Pará de Minas. Segundo eles, as visitas aos presos estão cada vez mais difíceis, desde o início da greve dos servidores da Segurança Pública.
De acordo com as reclamações, a situação vem se agravando há algumas semanas com o corte de visitas íntimas sem qualquer informação prévia. E o desencontro de informações está causando prejuízos para os visitantes. A esposa de um dos detentos, Naitieli da Silva Santos, falou ao Jornal da Manhã. Ela esteve no presídio no último domingo, depois de receber comunicado sobre a sua visita, mas não conseguiu acesso.
Segundo Naitieli, das 13 visitas anunciadas pela direção da Pio Canedo para o turno da manhã, somente seis foram liberadas e a situação se repetiu no período da tarde. A longa espera em vão revoltou muita gente:
Ela também denuncia várias restrições que estão ocorrendo na Pio Canedo:
O Jornal da Manhã entrou em contato com o Departamento Penitenciário de Minas Gerais, em busca de esclarecimento, e a resposta chegou através de uma nota curta. Segundo o órgão, toda a movimentação dos servidores tem acompanhamento contínuo nos presídios e eles sempre atuam para que não haja prejuízo no atendimento aos custodiados.
A nota também esclarece que o Departamento monitora o fluxo da adesão dos seus servidores ao movimento de paralisação proposto pelo sindicato dos Policiais Penais de Minas Gerais. O setor lamenta as ocorrências em relação aos problemas relacionados à visitação e acredita que em breve o atendimento será normalizado.
E os servidores da Segurança Pública confirmam o novo protesto para hoje, no centro de Belo Horizonte. A categoria não concorda com o aumento de 10,06% proposto pelo governo de Minas.A Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão alega que está no limite legal e não poderá atender a reivindicação da categoria, que é de complementação dos 41% de recomposição salarial.
O acordo firmado em 2020 era que esses 41% seriam pagos em três parcelas: 13% em julho daquele ano, 12% em setembro de 2021 e 12% em setembro de 2022. Somente a primeira parcela foi paga.
Foto: Arquivo/Rádio Santa Cruz
