Diversos setores da economia continuam segurando seus investimentos, atrasando o crescimento do país. Esta é a percepção de especialistas que analisam o atual cenário econômico com receio.
As notícias são as mais diversas. Algumas vezes a redução da taxa de juros, pelo Banco Central, aparece como a salvação da lavoura. Outras vezes, a pressão pela queda no índice aponta para o descontrole das contas públicas e essa insegurança tem impedido investimentos em várias áreas.
Quem observa tudo isso com preocupação é o economista Eduardo Leite, para quem a insegurança tem impedido o avanço do país em diversos segmentos. Ele frisa que o ponto chave desta questão está no controle das contas públicas pelo governo federal.
Embora pareça um assunto que só interessa ao setor financeiro e aos grandes investidores do mercado, Eduardo Leite lembra que os juros e a cotação do dólar impactam diretamente o bolso do consumidor.
O economista defende uma mudança no sistema político brasileiro para que, de fato, a melhora da economia aconteça. E percebe que situações como as negociações entre o governo federal e o Congresso Nacional têm resultado em gastos públicos excessivos, impactando demais a economia nacional.
Enquanto as mudanças no sistema não acontecem, a previsão é de mais uma alta na inflação. De acordo com o Boletim Focus, que é o informativo semanal de mercado produzido pelo BC, há previsão de aumento de 4,22% para 4,25% na inflação. É a sexta semana seguida de expectativa de alta no índice.