A Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou a emitir um sinal de alerta sobre novos casos de poliomielite. Segundo a OMS, um surto no Paquistão deixou oito crianças paralisadas, enquanto no Afeganistão, uma criança também foi afetada. O novo alerta soma-se à manifestação ocorrida há três meses, quando um caso foi notificado em Israel depois de mais de 30 anos, e só reforça a importância da vacinação contra a doença.
No Brasil, embora a poliomielite esteja erradicada desde 1990 os infectologistas estão preocupados com o desleixo de muitos pais em não procurar as unidades de saúde para imunizar os filhos. No ano passado, por exemplo, o país teve cobertura vacinal de apenas 67% das crianças.
Infelizmente, Pará de Minas apresenta o mesmo cenário de baixa. Segundo dados repassados pela Secretaria Municipal de Saúde, em 2021 a cidade registrou 73,9% de cobertura vacinal e, neste ano, até o mês de maio, houve 70% de imunização no público alvo.
Para a enfermeira Ana Clara Meytre, que é Referência Técnica na Secretaria de Saude, os casos registrados do outro lado do Atlântico representam risco para a população infantil do mundo todo, já que a pólio é altamente contagiosa.
A cobertura vacinal contra a poliomielite compreende cinco doses: as três primeiras são aplicadas no primeiro ano de vida da criança, a quarta dose é administrada com um ano e três meses e a quinta dose com quatro anos de idade.
Ana Clara explica que os dois tipos de vacinas são ofertadas pela rede pública de saúde, mas atualmente a cidade não conta com o imunizante de gotinha, o que deve ser solucionado nos próximos dias.
Embora ocorra com maior frequência em crianças, a pólio também pode vitimar adultos que não foram imunizados. Por isso, é fundamental ficar atento às medidas preventivas, como lavar sempre bem as mãos, ter cuidado no preparo dos alimentos e beber água tratada.