O recente reajuste da Petrobras no preço dos combustíveis deve dificultar ainda mais a já delicada situação das empresas responsáveis pelo transporte público no país. Falando de forma específica do óleo diesel, utilizado nos ônibus, o reajuste foi de 24,9%, elevando o litro praticado nas refinarias de R$ 3,61 para R$ 4,51.
As despesas com o abastecimento dos veículos representam uma fatia bem significativa no custo mensal das empresas que, agora, precisarão ser criativas na busca de alternativas que amenizem o impacto sem reduzir ainda mais a demanda de usuários nos ônibus.
Em Pará de Minas, até o momento, nem a prefeitura ou a Turi se manifestaram sobre possíveis mudanças no transporte público, como por exemplo, alterações nas linhas ou nos valores da passagem.
O assunto é considerado delicado, pois se os custos para as empresas estão altos, o mesmo se pode dizer para os passageiros, especialmente os de baixa renda, que estão fazendo malabarismos para pagar as contas.
E essa situação não é exclusiva daqui. Em visita à cidade o vereador de Betim, Ronivon Martins da Silva, conversou com o Jornal da Manhã sobre um problema que ele também vê na Região Metropolitana. O último reajuste dos combustíveis pode ser o ponto final para muitas empresas se não houver um grande esforço do poder público para ajudá-las.
O vereador segue uma linha de pensamento já defendida pelo prefeito Elias Diniz, que é a criação de um fundo para custeio de parte das despesas do transporte público, aliviando o caixa das empresas.
Em Betim, no mês passado, houve reajustes nos valores das passagens do sistema convencional e do transporte circular, que é o de baixa capacidade. No caso do sistema convencional, a revisão foi de quase 12%, fazendo o bilhete passar de R$ 4,65 passa para R$ 5,20.
Fotos: Arquivo Rádio Santa Cruz FM/Amilton Maciel
