A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão em Divinópolis e Pedra do Indaiá, nesta quinta-feira (25), em uma operação de combate ao armazenamento e a disseminação de arquivos de abuso sexual infantojuvenil. Foram apreendidos materiais que serão periciados para o acervo de provas, já que as investigações apontam que os crimes são cometidos desde 2022.
A operação "Niños" foi desencadeada após a PF receber uma comunicação da Interpol espanhola. As investigações levaram à identificação de um usuário que compartilhava arquivos de abuso sexual infantojuvenil por meio de um aplicativo disponibilizado na internet. Segundo o delegado da Polícia Federal, Gustavo Paolinelli, a operação "Kami", da polícia espanhola, identificou em 2022 grupos que compartilhavam arquivos de abuso sexual infantil envolvendo brasileiros e pessoas de outras nacionalidades.
"Inicialmente, a informação foi encaminhada ao Espírito Santo. Mas depois foi constatado que o usuário titular da linha participante desse grupo residia tanto em Divinópolis quanto em Pedra do Indaiá", contou. Agora, os suspeitos identificados pela operação "Niños" poderão responder pelos crimes de compartilhamento e armazenamento de arquivos de abuso sexual infantojuvenil.
As penas para esses crimes podem chegar a até 10 anos de reclusão, com a posse dos arquivos sendo classificada como crime hediondo, o que torna o crime inafiançável. A investigação continua para identificar possíveis vítimas e outros fatos relacionados ao armazenamento, disponibilização e outras ações associadas ao abuso sexual infantojuvenil.