Reconhecida como uma das principais ações de preservação ambiental e reaproveitamento de materiais, a coleta seletiva foi um tema bastante debatido na última semana em ações alusivas ao Dia Mundial do Meio Ambiente.
Coleta seletiva nada mais é do que a maneira ecológica mais adequada para o descarte de lixo. O objetivo é evitar a poluição do solo e das águas e reutilizar materiais jogados fora para fabricação de novos produtos.
Atualmente, Pará de Minas conta com diferentes profissionais e empresas que atuam, voluntariamente ou não, no recolhimento e descarte dos variados tipos de lixo, reforçando, também, a conscientização popular sobre o assunto.
Mas eles reconhecem que, apesar de ter ocorrido um avanço no comportamento da população nos últimos anos, ainda hoje muitas pessoas não fazem a separação dos resíduos. Prova disso é a quantidade de materiais recicláveis, como papel e papelão, que são descartados no aterro sanitário.
De acordo com o catador autônomo Ailton Prata, morador do bairro Santos Dumont, uma das alternativas para evitar que tanto material não seja reaproveitado é permitir que os catadores possam atuar dentro do aterro e recolher o que estiver em condições de ser reciclado.
Ao Jornal da Manhã, Ailton fez um apelo ao Poder Público, lembrando que, além de ajudar o meio ambiente, essa liberação também geraria mais renda para os trabalhadores.
Nossa reportagem procurou a Secretaria Municipal de Agronegócio, Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente para saber sobre a possibilidade da liberação citada pelo catador Ailton.
A pasta confirmou que a atuação dos catadores de materiais recicláveis dentro do aterro é proibida por questões legais, mas existe um projeto para construção de uma usina no local com esta finalidade.
A ideia é construir um galpão, com uma grande esteira, onde os catadores poderão fazer a separação e retirar os materiais recicláveis dos demais. A obra, no entanto, é considerada de grande porte e não há previsão de quando poderá ser realizada.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM