O crescimento dos suicídios em Pará de Minas vem acontecendo desde o início do ano. Embora as estatísticas oficiais não tenham sido divulgadas, informações de familiares e amigos das vítimas do autoextermínio confirmam a elevação dos números.
Também cresceram as tentativas de suicídio, principalmente entre os jovens, e essa realidade vem acompanhando o diagnóstico mundial, que confirma ser esta a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade de 15 a 29 anos.
Segundo estudo feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é comum surgirem na adolescência ideias suicidas, pois elas fazem parte do desenvolvimento de estratégias para lidar com problemas, como o sentido da vida e da morte.
Na maior parte das vezes, o suicídio costuma ser pensado, planejado e antecedido por tentativas. Existem suicídios por impulso, mas são raros. No Brasil, lamentavelmente, está acontecendo uma morte por suicídio a cada 45 minutos e para cada morte aparecem 20 outras tentativas.
Além de altos, os números são preocupantes, daí a necessidade de campanhas permanentes. O assunto está em alta neste mês diante das ações em torno do Setembro Amarelo, que é dedicado à prevenção dos suicídios.
Mas no entendimento de especialistas as campanhas não podem parar, sob o risco do problema se acentuar em curto espaço de tempo. Na Câmara Municipal de Pará de Minas, a vereadora Irene Melo Franco falou a respeito.
Ela pediu que as ações continuem frequentes na cidade, especialmente por parte da prefeitura que é o órgão municipal com maior capacidade de promover e manter campanhas:
A necessidade de conscientização da prevenção do suicídio também é grande por causa das crianças. Apesar de praticamente não haver estatísticas sobre o comportamento suicida delas no Brasil, foram identificados 58 óbitos no país nos últimos anos.
A maioria das vítimas era do sexo masculino, tinha 9 anos de idade e pele clara. O enforcamento foi o meio mais utilizado por elas para se matar. Também aconteceram muitas internações por tentativas de suicídios – 1.994 ao todo, sendo a maioria entre crianças de 8 a 9 anos, com destaque para a autointoxicação.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa: pixabay.com/Reprodução
