Os novos rumos para a greve dos servidores da segurança pública de Minas poderão ser definidos hoje, durante audiência pública que será realizada na Assembleia Legislativa a partir as 9h30.
O encontro vai tratar da proposta feita pelo governo em relação ao reajuste salarial dos profissionais. O governador Romeu Zema mantém a proposta de 10% aos profissionais, retroativa a janeiro, mas ela foi rejeitada pela categoria.
A greve já dura três semanas e vem trazendo muitos prejuízos para o setor. As perspectivas não são nada boas, porque se um dos lados não ceder a situação pode piorar, uma vez que as penitenciárias mineiras viraram barris de pólvora.
Os detentos querem que os servidores voltem a trabalhar, para que os banhos de sol e as visitas familiares sejam retomados. A dificuldade de acesso aos presídios chegou a ser relatada ao Jornal da Manhã, dias atrás, pela esposa de um dos detentos da Pio Canedo.
A bandeira dos presos é a luta pelos direitos que deixaram de ser atendidos na totalidade devido ao regime de plantão implantado com a greve. Em alguns presídios já houve motins.
Além do reajuste salarial, os policiais penais querem a convocação de, pelo menos, mais 10 mil agentes. Eles alegam que não estão conseguindo atender os detentos. Em resposta, a Secretaria Estadual de Justiça esclarece que Minas Gerais tem aproximadamente 16 mil agentes e o quadro será reforçado por meio de concurso. Serão 2.420 vagas para todo o Estado.
Foto: Arquivo Rádio Santa Cruz FM
