A Polícia Federal cumpriu, nesta quarta-feira (30), 13 mandados de busca e apreensão em imóveis de Belo Horizonte, Lagoa Santa, Ribeirão das Neves, na região metropolitana, Divinópolis, na região Centro-Oeste, e nos Estados de Santa Catarina, Espírito Santo e São Paulo durante uma investigação que aponta a ação de um grupo criminoso suspeito de lavagem de capitais e criação de documentos falsos. Cada certidão de nascimento falsa era vendida por R$ 2 mil.
A operação "Reborn", desencadeada hoje, é o desenrolar da operação "Stellio", que foi deflagrada no fim de 2019, quando algumas prisões foram realizadas em Montes Claros, no Norte de Minas.
Na ocasião foram presos dois advogados, titulares e substitutos de cartórios e outros envolvidos. Todos os presos já foram liberados e respondem em liberdade. Os documentos e mídias apreendidos foram analisados e foi constatado que, além de procurações públicas, um cartório específico do Norte de Minas também realizava falsificação de certidões de nascimento.
Na operação desta quarta, os alvos foram falsários e outras pessoas que possibilitaram a emissão dos documentos. Ainda conforme a polícia, entre as pessoas que adquiriram a certidão de nascimento, quatro conseguiram sacar parcelas do auxílio emergencial em Belo Horizonte.
O grupo criminoso identificado na operação Stellio pode responder por estelionato majorado, associação criminosa e falsificação de documento público.
Sobre o envolvimento de um policial civil no esquema, por meio de nota, a Polícia Civil informou que "a Corregedoria Geral da Polícia Civil, em parceria com a Polícia Federal, cumpriu mandado de busca e apreensão na residência de um investigador lotado na Delegacia Regional de Polícia Civil em Divinópolis, região Centro-Oeste do estado. A PCMG adota todas as providências criminais e administrativas cabíveis".
Informações - G1 Minas
Foto: Ilustrativa