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Desafio da indústria têxtil: produzir linhas diferentes para escapar das garras dos chineses

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Enquanto aguarda o fechamento dos resultados de 2023, o setor têxtil projeta um 2024 de crescimento tímido frente à forte concorrência do mercado asiático e o comércio eletrônico. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o crescimento da produção neste ano será menor que 1%. A melhora vai depender de uma maior tributação sobre as plataformas internacionais de e-commerce, como Shopee, Schein e AliExpress.

E mesmo se isso for confirmado, o movimento de reação ainda será pequeno, se comparado às estatísticas do ano passado. Dados do IBGE mostram queda de mais de 9% na produção das fábricas de confecção de artigos de vestuário e acessórios. Já as vendas, no mesmo período, retraíram em 8%.

Mas apesar das estatísticas, o empresário Júlio José de Morais, diretor Comercial da Coopertêxtil, uma das poucas indústrias têxteis em funcionamento em Pará de Minas, diz que é muito cedo para qualquer previsão de produção e vendas. Ele espera medidas governamentais mais rígidas por parte do governo para proteção do setor, mas considera improvável o retorno de fábricas que já fecharam.

Júlio Morais admite que a importação, através das plataformas e-commerce, é a maior preocupação do setor têxtil, pois as estatísticas estão aumentando ano após ano. De acordo com estimativas da Abit, as encomendas de produtos estrangeiros em sites saltaram de 178 milhões em 2022 para 200 milhões em 2023, sendo que 57% das compras vêm da China.

Para as fábricas brasileiras, o que resta é produzir linhas diferentes do que é feito na China, já que não dá para competir com os gigantes asiáticos. 

E para enfrentar a concorrência com a indústria chinesa, as fábricas brasileiras devem apostar agora em tecnologia. Uma pesquisa no setor apurou que 57% pretendem adotar novas tecnologias nos processos produtivos independentemente do cenário de negócios. O objetivo é melhorar a produtividade para competir com os concorrentes estrangeiros.

Outro investimento será na iniciação ou ampliação das vendas por meios digitais. Na pesquisa, 76% dos empresários manifestaram o interesse de explorar o mundo virtual de negócios. Nesse sentido, a ideia não é apenas atingir o mercado interno, mas, também, usar as plataformas de comércio eletrônico para chegar a outros países, a exemplo do que faz a concorrência estrangeira no Brasil. 

Fotos: Amilton Maciel - Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa Reprodução pixabay.com






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