A semana começou com um susto para os moradores de Itaúna que dependem do transporte coletivo municipal. Já está em vigor o reajuste de 25% autorizado pela prefeitura, o que elevou a tarifa de R$4,00 para R$5,00.
O mesmo índice passou a incidir sobre a passagem rural. A justificativa do poder público é que entre setembro de 2019, que foi a data do último aumento, até agora, o preço do óleo diesel subiu mais de 120% e ele é o insumo de maior peso nos custos de transporte.
A prefeitura também justificou que com as medidas restritivas da pandemia houve uma grande redução no número de passageiros, gerando perda significativa na arrecadação do sistema de transporte público não só em Itaúna, mas em todo o país.
A concessionária sustentou o pedido de correção dos valores na variação dos preços do diesel, lubrificantes, peças, pneus, recapagens, equipamentos, mão de obra, manutenção de frota e encargos trabalhistas.
O novo preço da passagem urbana em Itaúna já tem preocupado os passageiros de Pará de Minas. É que os dois municípios, além de próximos, tem a mesma população – cerca de 100 mil, em números redondos – e eles acreditam que a Turi pode se basear nisso para pedir o aumento da tarifa.
Na semana passada o Jornal da Manhã conversou com o superintendente da concessionária, Djalma Rocha, e ele admitiu que embora a empresa esteja enfrentando as mesmas dificuldades do setor, não pensava em aumento por agora.
A prefeitura de Pará de Minas também não se manifestou a respeito, mas é bem provável que isso aconteça em breve porque a Turi já antecipou que vai buscar ajuda do poder público em outras questões.
Não há como negar o sufoco das empresas diante da escalada de preços nos combustíveis, mas também não dá para deixar de lado os problemas enfrentados pelos passageiros. Citando a nova realidade de Itaúna, a passagem de ida e volta agora já rende uma despesa de R$10,00. E para quem usa o coletivo urbano quatro vezes ao dia, os gastos serão de R$20,00.
Somando R$20,00 diários, de segunda a sexta-feira, chegamos a R$100,00 que multiplicados por quatro semanas passam a representar R$400,00. Esse valor representa um terço do salário mínimo.
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