De um lado as vagas sobrando nos balcões de emprego e do outro as empresas com dificuldade em contratar mão de obra. Essa é a realidade do Brasil e Pará de Minas não foge à regra.
Apesar das disponibilidades oferecidas no mercado, ainda são milhões de desempregados. Vai demorar muito tempo para todos eles conseguirem colocação novamente, mas a situação seria menos ruim não fosse o descompasso entre quem admite e quem trabalha.
A pedido do JM, a psicanalista organizacional Karine Chiericatto, que tem especialização em gestão de pessoas, explica que o maior problema está na altas expectativas. De um modo geral, os empresários querem mão de obra especializada para baixos salários. E na outra ponta aparecem os trabalhadores sem muito preparo querem ganhar bem.
Tem ainda a questão da experiência. Empresas que só admitem profissionais experientes, enquanto muitos deles têm conhecimento sem registro em carteira. Isso sem falar nos que reclamam da falta de oportunidade para aprender.
Mas as controvérsias não param aí. Enquanto os empresários buscam trabalhadores que “vistam a camisa”, entendendo missão e valores, muitos profissionais exigem mais do que têm para oferecer, cobrando direitos sem cumprir seus deveres. E a lista das divergências vai crescendo pois as novas gerações não aceitam muitas regras:
Outro dificultador de empregos atualmente, segundo Karine, é o baixo nível de conhecimento dos candidatos, sobretudo nas áreas tecnológicas:
A especialista também chama atenção para o vocabulário dos candidatos, seja ele escrito ou verbalizado. Em plena era tecnológica, as pessoas criaram abreviaturas e sinais para se comunicar. Isso funciona nas relações pessoais, mas na hora do emprego a realidade é outra:
A psicanalista também enxerga com preocupação o fato de muitos empresários acreditarem que dependem muito mais de tecnologia do que mão de obra. O sucesso das empresas só acontece quando o ser humano está feliz com o que faz e nesse aspecto não tem nada que substitua isso.
Foto: hnscpm.org.br
