Mais de 15 mil pessoas passaram pelo Cemitério Santo Antônio em Pará de Minas ontem, superando as expectativas da própria administração. O movimento típico do Dia de Finados começou cedo, antes mesmo da primeira missa que foi celebrada às 7 horas.
Os visitantes receberam apoio da equipe de servidores públicos que se dedicou a fornecer orientações sobre a localização dos túmulos. Apesar da ventania e das chuvas dos últimos dias, os funcionários conseguiram limpar novamente o cemitério, o que foi elogiado por todos.
Na porta as tradicionais barracas de flores foram montadas e, desta vez, a preferência dos consumidores recaiu principalmente sobre as artificiais. Segundo a proprietária do Pomar Floricultura, Ana Paula Lino, a relação custo-benefício foi decisiva na escolha:
Os cuidadores de túmulos também trabalharam muito nos últimos dias e alguns deles permaneceram no cemitério ontem, caso de Neusa Marques da Silva, que exerce esta atividade há 60 anos. O valor médio mensal é de R$50,00 por túmulo e as maiores dificuldades dos trabalhadores passam pela locomoção do material:
A Cuidar Assistência esteve presente o dia todo, distribuindo vasinhos de plantas para os visitantes e prestando serviços de utilidade pública, como aferição de pressão arterial e testes de glicose:
Mas apesar da tranquilidade do ambiente, houve protestos na porta do cemitério. Eram os vendedores de picolés, que foram proibidos de entrar. Lucas Barcelos falou em nome dos ambulantes:
O administrador do cemitério, João Américo, justificou a proibição:
O cemitério permaneceu aberto durante 12 horas, reunindo grande público principalmente durante as três missas celebradas ao longo do dia.