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Consumidor engole seco diante do preço elevado do leite: entenda a situação

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O consumidor paraminense está assustadíssimo com a disparada do preço do leite. Nas gôndolas dos supermercados, mercearias e padarias, as pessoas param, olham e não acreditam no patamar que chegou esse alimento que está entre os mais consumidos pelos brasileiros. Para se ter ideia dos números envolvendo a venda do leite em Pará de Minas, em alguns estabelecimentos é possível encontrá-lo mais caro que a gasolina ou o óleo diesel. 

O Jornal da Manhã fez uma pesquisa de preços nos supermercados, constatando que o leite pode ser encontrado de R$ 5,79 a R$ 9,99, dependendo da marca e do tipo da bebida. Na média, o leite longa vida integral, considerado o mais popular, está em torno de R$ 6,89.

Esses valores mexem no orçamento de qualquer consumidor, mas o impacto é ainda maior se considerarmos os derivados, como queijos, iogurtes, achocolatados, entre outros.  Para quem o leite é um alimento essencial a situação é desesperadora, caso de Vânia Arruda e Jéssica Santos. Elas conversaram com o Jornal da Manhã, pedindo uma intervenção rápida das autoridades para uma queda dos preços.

Mas essa situação não é exclusiva de Pará de Minas. No restante do país, o preço do leite também sofreu forte reajuste nas últimas semanas. Segundo levantamento do IBGE, o leite longa vida acumula alta de quase 30% nos últimos 12 meses e de 28% somente em 2022.

Vários fatores explicam esse movimento de elevação, segundo informou ao JM o pecuarista Milton Guimarães, que é um dos maiores produtores da região de Pará de Minas. O primeiro deles é a entressafra, período entre abril e junho, em que tradicionalmente o preço do alimento tende a aumentar, já que o inverno e o clima seco reduzem a qualidade das pastagens, afetando a alimentação do rebanho. 

Mas na opinião de Milton o que mais pesa é a saída de diversos produtores do segmento leiteiro, devido aos custos para se produzir no Brasil. Ele deu detalhes do cenário e disse que mesmo com o leite caro no comércio, o produtor ainda não recebe o ideal.

Questionado se os números podem melhorar nesse segundo semestre, Milton Guimarães declarou que o Brasil, neste momento, é um país de incertezas. 

Com relação ao clima, a previsão é que as chuvas voltem em meados de setembro, melhorando as condições do campo e, consequentemente, a alimentação dos rebanhos. Mas especialistas acreditam que só o retorno das chuvas não será suficiente para que o preço do leite melhore, especialmente agora com a elevação do óleo diesel, que é um dos custos de produção no Brasil. 

Fotos: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa: pixabay.com




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