Consumidores que seguiram a recomendação do Procon passaram boa parte do dia ontem pesquisando os preços do arroz em Pará de Minas. O órgão de defesa do consumidor aconselhou as famílias a mudar de marca, pelo menos nesse momento, para garantir um pouco de economia no orçamento doméstico.
A pesquisa do Procon mostrou que enquanto as marcas mais tradicionais do arroz tipo 1 estão sendo vendidas a R$27,00, é possível encontrar bons produtos a partir de R$14,90 o pacote de cinco quilos. E como não há previsão de queda nos preços, nesses próximos dias, as pesquisas continuam fundamentais.
O Procon também incentiva os consumidores a mudar a marca do feijão e do óleo de soja, cujos preços também dispararam. Já a Associação Brasileira de Supermercados anunciou a intenção de uma campanha na mídia nacional, incentivando os consumidores a substituir o arroz pelo macarrão.
Segundo a entidade, não há prazo para que o preço seja reduzido novamente. Daí o interesse da rede supermercadista em promover o consumo de um produto alternativo. E o macarrão pode substituir perfeitamente o arroz no prato, durante esse momento crítico. A Associação dos Supermercados também vai orientar o consumidor a não estocar arroz em casa, porque se isso acontecer o produto vai faltar nas prateleiras e o preço sobe ainda mais.
A entidade voltou a dizer que o setor não é vilão da inflação da cesta básica e que o problema está ligado ao excesso de demanda, principalmente no exterior, devido à falta de oferta. É a lei de mercado, oferta e procura. Menos produtos valem mais. Questionada sobre a fala do presidente Bolsonaro nos últimos dias, que chegou a pedir patriotismo aos empresários no sentido de trabalhar com lucro próximo de zero, a Associação Brasileira dos Supermercados declarou que o setor já está fazendo isso com os produtos essenciais.
O governo federal voltou a descartar qualquer ato de tabelamento de preços para segurar o valor do arroz nos supermercados. Segundo o presidente Bolsonaro, tem que valer é a lei de oferta e procura. Um eventual tabelamento de preços faria o produto desaparecer das prateleiras, provocando o surgimento do mercado negro, por um valor mais alto.
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