A era das casas grandes e espaçosas parece que está ficando para trás. Aumentou o número de pessoas que têm trocado metros quadrados por praticidade, localização estratégica e custos menores de manutenção.
Dados do Banco Central, cruzados com a Caixa Econômica Federal, mostram que a metragem média dos imóveis financiados encolheu quase 13% desde 2018 e esse fato reflete claramente nos catálogos das imobiliárias: estúdios, flats e apartamentos de um dormitório, ou de até 40m² tem dominado os lançamentos.
Essa tendência está diretamente ligada à mudança no perfil familiar, já que aumentou o número de domicílios onde vive apenas uma pessoa. Famílias de quatro pessoas e três quartos deixaram de ser maioria.
O incentivo governamental para moradias voltadas à população de baixa renda também favorece projetos com áreas menores e custo viável. E essa configuração também virou realidade em Pará de Minas, segundo informação de Renato Franco, da Imobiliária São Francisco.
Segundo ele, embora a maioria dos compradores ainda busque imóveis maiores, a procura por espaços mais compactos vem crescendo bastante:
E a modalidade de flats e apartamentos menores já domina o planejamento das construtoras. Os lançamentos priorizam localização central, facilidade de locação e baixo custo de manutenção:
O interesse por esse modelo cresceu ainda mais após a pandemia, quando muitos compradores enxergaram nos apartamentos compactos oportunidades para locação rápida e rentável, especialmente em áreas próximas a centros urbanos e eixos de mobilidade. A procura por imóveis para investimento, segundo o setor, também segue em ritmo de crescimento.