O ex-deputado e ex-prefeito de Pará de Minas, Antônio Júlio de Faria, foi retirado da secretaria geral do MDB de Minas Gerais sem qualquer aviso da decisão do diretório.
Ele só tomou conhecimento do assunto ao receber uma circular interna assinada pelo presidente nacional do partido, deputado Baleia Rossi, nomeando os novos membros que irão compor o diretório mineiro a partir do dia 6 de julho.
O caso ganhou destaque na imprensa mineira, com depoimentos contraditórios dos grupos conflitantes do MDB. Antônio Júlio vem recebendo manifestações de apoio de vários políticos e tem dado entrevistas, afirmando que não se incomoda em sair do diretório estadual, mas ficou indignado como as coisas aconteceram, em total desrespeito ao estatuto.
Falando ao Jornal da Manhã, Antônio Júlio admitiu que ultimamente era figurante na secretaria geral do partido. E o motivo desse distanciamento era seu posicionamento contrário às atitudes do presidente do diretório mineiro, Newton Cardoso Junior:
Antônio Júlio chegou a declarar à imprensa mineira que pretendia recorrer judicialmente da decisão do MDB, mas mudou de ideia:
Ao analisar as divergências internas no MDB, ele lamentou a situação do partido:
Newton Cardoso Junior nega qualquer racha no partido. Disse que seu compromisso é lutar por um MDB unido, respeitando os princípios da democracia e da boa política, para que os membros possam conviver em harmonia.
Mas essa versão foi contestada pelo secretário de Governo da Prefeitura de Belo Horizonte, Adalclever Lopes. Segundo ele, quem tirou Antônio Júlio foi Newton Junior.
Ele considera a atitude ridícula e desrespeitosa, já que Antônio Júlio é um dos fundadores do partido. E encerrou a declaração com as seguintes palavras: “Substituir sem comunicação é realmente uma falta de respeito. Fazer o quê? Newtinho acha que é o dono do partido”.
