Consumidores que estão lidando ou se preparando para uma reforma ou construção de obras têm acompanhado com atenção a guerra do cimento em Pará de Minas.
Faixas na porta das lojas, anúncios de rádio, carros de som e outros meios, além de postagens nas redes sociais. A disputa pela preferência dos clientes vem crescendo há várias semanas e as ofertas estão acirradas, na base dos centavos.
É possível ver anúncios do saco de cimento a R$27,20; R$27,30; R$27,50; R$27,70 e R$27,90. Já nos atacadistas o preço é menor, por se tratar de vendas em grandes volumes.
A disputa acirrada se dá pela necessidade do setor ‘fazer’ dinheiro rápido, porque a venda de cimento é feita somente a vista. O outro interesse dos comerciantes está na possibilidade deles atraírem clientes que poderão comprar mais itens da obra.
Mas a alta competitividade também se dá pelo recuo nas vendas. Em fevereiro, a comercialização de cimento no país foi quase 8% menos em relação ao mesmo mês do ano passado.
E quando a comparação é feita com janeiro de 2023, também é possível constatar vendas menores – quase 3% abaixo. Apesar disso, o setor está otimista para o próximo trimestre, com o fim do período das chuvas e a retomada das obras paralisadas, inclusive, moradias de baixa renda.
A própria cadeia produtiva do mercado da construção civil está otimista em relação ao mês de abril. Composto por três setores – infraestrutura, infraestrutura de base e construção civil – o setor está convencido de que a expansão está chegando.
Para se ter ideia, somente ontem mais de 1.600 vagas de emprego foram disponibilizadas nas unidades do Sine de Minas Gerais. Esse número é bem maior que o de semanas atrás.
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