Seguidas ocorrências de queimadas em vegetação estão tirando o sono de um pecuarista de leite da comunidade de Limas. Doroteu Gomes de Oliveira, o Boró, diz que já não aguenta mais controlar e apagar incêndios em sua propriedade.
Boró procurou a reportagem do Jornal da Manhã para desabafar e pedir ajuda dos vizinhos e autoridades, alegando que os incêndios são criminosos. Os primeiros focos começaram há cerca de dois meses e, desde então, ele tem se dedicado mais a apagar o fogo do que à sua produção de leite.
Além dos danos ambientais, as chamas têm provocado outro prejuízo grave para o pecuarista, uma vez que parte da área destinada à pastagem do gado já foi destruída.
E como estamos em período de seca, a situação fica ainda pior para os animais. O pecuarista está sendo forçado a investir alto para não perder a qualidade nutricional ofertada ao rebanho. A questão é até quando ele conseguirá arcar com esse custo.
Boró até suspeita de uma pessoa como autora do crime. Por isso, ele pede ajuda da comunidade próxima para reunir provas que confirmem sua versão.
Incêndio florestal é crime tipificado na chamada Lei de Crimes Ambientais. A pena para o infrator é de reclusão de dois a quatro anos e multa. No ano passado, segundo dados do Corpo de Bombeiros, foram atendidas em Pará de Minas 575 ocorrências de queimadas em vegetação, quantidade considerada elevada para uma cidade de quase 100 mil habitantes.
Foto: Germano Santos/Rádio Santa Cruz FM
