Donos de postos de combustíveis e, principalmente, os consumidores estão preocupados com a possibilidade do retorno da cobrança dos impostos federais sobre a gasolina e o álcool, a partir de 1º de março.
Se isso acontecer, o preço desses combustíveis terá impacto junto ao consumidor final. O governo Lula prorrogou somente até 28 de fevereiro a desoneração dos impostos.
A ala política defende que a medida seja prorrogada. A ala econômica entende que, diante do impacto para as contas públicas, a cobrança dos impostos deve voltar integralmente.
E em meio ao impasse entre as alas política e econômica sobre manter ou encerrar a desoneração do PIS e da Cofins que incidem sobre a gasolina e o álcool, o governo avalia uma solução de meio termo: a reoneração parcial.
A possibilidade que está na mesa e será levada ao presidente Lula prevê que a gasolina C, do consumidor, seja reonerada em 71% do PIS e da Cofins. Ou seja, em vez de voltar a cobrar a totalidade do imposto, o que representaria R$ 0,69 por litro do combustível, o governo cobraria R$ 0,49 por litro.
Já em relação ao álcool, a reoneração seria menor, de 25%. Ou seja, dos R$ 0,24 por litro, que representa a totalidade do tributo federal, o governo voltaria a cobrar R$ 0,06 centavos. O objetivo é manter a competitividade do etanol. Se o presidente aprovar a solução, uma nova medida provisória com as mudanças na cobrança dos impostos deve ser assinada pelo governo.
Foto: Renato Fernandes/Rádio Santa Cruz FM