A juíza Karina Veloso Gangana Tanure, da 1ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Mateus Leme, na região metropolitana de Belo Horizonte, decidiu liberar da prisão uma mulher de 26 anos que confessou ter matado o namorado, que era um guarda municipal de Belo Horizonte, e tinha 35 anos.
A decisão da soltura ocorreu na segunda-feira (30 de outubro), um dia após o crime. Já o alvará de soltura da mulher foi expedido no final da tarde dessa terça-feira (31 de outubro). O crime ocorreu em um sítio de Mateus Leme, onde o casal passava o fim de semana. A discussão entre eles começou após o irmão do guarda enviar uma mensagem perguntando se ele estava ficando com uma outra mulher.
A suspeita, que tinha um relacionamento de sete anos com o guarda, ficou com ciúme e iniciou uma discussão, que evoluiu para as vias de fato. A mulher pegou uma pedra e deu 10 pedradas na cabeça do homem. Inconsciente, ele foi arrastado até o banheiro pela mulher, momento em que retomou a consciência. Depois, o casal iniciou uma nova briga, momento em que a mulher deu uma facada no peito do homem, que morreu.
A juíza considerou que a suspeita acionou a Polícia Militar, além de permanecer no local dos fatos, “o que deve ser considerado no presente caso em apreço”. “Cumpre apontar que a conduzida é primária, de bons antecedentes, não havendo nenhum fato anterior que a desabone, bem como, pelo que se pode extrair, não apresenta periculosidade para o meio social, tendo colaborado com a Justiça”, diz trecho da decisão.
Após sair da prisão, a mulher tem de cumprir três medidas cautelares: assinatura de termo de compromisso de comparecimento a todos os atos da investigação e da futura ação penal; comparecimento mensal perante o juízo de residência para informar e justificar suas atividades e, por último, não sair de Belo Horizonte durante o processo sem uma autorização prévia judicial.
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