Os motoristas continuam assustados com o preço dos combustíveis. O assunto não é novo, mas em qualquer lugar que surge a palavra gasolina ou etanol começam logo as reclamações e constatações sobre o desafio que está sendo equilibrar o orçamento do mês com o abastecimento do veículo.
Conforme o Jornal da Manhã divulgou na última semana a gasolina, combustível mais consumido na cidade, já está batendo na casa dos R$ 7,00 o litro. Na modalidade de pagamento à prazo, o valor já subiu para R$ 7,07, enquanto o preço mais barato, à vista, está sendo praticado a R$ 6,09.
Até mesmo na região metropolitana, onde a realidade de valores tradicionalmente era melhor que Pará de Minas, os constantes reajustes estão sufocando o consumidor. Em alguns casos, a situação é tão delicada que o preço do combustível se tornou determinante para que trabalhadores deixassem a profissão.
É o caso dos motoristas de aplicativos. Segundo o Sindicato dos Condutores de Veículos que Utilizam Aplicativos em Minas Gerais (Sicovapp), 40% dos motoristas cadastrados no Estado abandonaram a profissão neste ano, a maioria por causa do patamar da gasolina.
Em Pará de Minas não há uma entidade que mensure esses dados, mas o Jornal da Manhã apurou junto aos profissionais da classe que a situação é melhor que nos grandes centros, caso de Belo Horizonte.
Por aqui as tarifas são mais vantajosas e a demanda ainda é boa, segundo informou o motorista Raimundo Iraci do Cunha.
Entre os taxistas, a situação também está sendo enfrentada com muito trabalho, mas é difícil falar em lucros. Itelmaia Soares Maia, um dos mais experientes da classe, contou como tem sido o desafio de driblar os obstáculos impostos pelos combustíveis.
Neste ano a gasolina já sofreu nove aumentos de preços, que já chegaram quase 30%. Entre os principais fatores para os reajustes está a cotação do petróleo no mercado internacional. A Petrobras calcula o preço do combustível com base na cotação do petróleo e na taxa de câmbio, pois a commodity é cotada em dólar.
A esperança dos taxistas e motoristas de aplicativo, bem como dos consumidores em geral é que na mesma intensidade com que aumentaram, os preços possam diminuir nos próximos meses. Enquanto isso não acontece, o jeito é pesquisar e economizar, afinal os combustíveis foram apenas alguns dos elementos básicos que sofreram fortes reajustes em 2021.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM