Espalhados por toda cidade e em grande quantidade, os postes de placas de sinalização se tornaram locais estratégicos para proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Como muitos deles são abertos, a água acumula, fica parada e atrai as fêmeas do vetor. E isso acaba passando despercebido pela população e até mesmo agentes de endemias, já que os tubos que servem como base para as placas, são altos e geralmente não apresentam sinais do problema.
Em Pará de Minas, a Vigilância em Saúde confirmou que houve registros de focos do mosquito em alguns postes. Contudo, atenta à situação e reconhecendo a gravidade dela, os agentes estão fiscalizando as placas espalhadas pelo município.
Quem traz detalhes deste trabalho é Adailton Antônio Moreira, gerente de Combate a Endemias.
Neste trabalho, a atuação dos paraminenses é de suma importância. Caso você flagre algum poste de placa com acúmulo de água, denuncie a situação para a Vigilância em Saúde, pelo telefone 3231-7722. O momento agora é de união entre Poder Público e sociedade, pois, pela frente, há possibilidade de uma nova epidemia de dengue em Minas Gerais.
Segundo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, somente nos primeiros 15 dias de 2020, Minas registrou 677 casos prováveis de dengue, o que corresponde a uma média de 48 infecções pelo vírus a cada dia. Esses números são quatro vezes maiores do que os do mesmo período do ano passado.
Os dados são extremamente preocupantes, porque em 2019, foram mais de 480 mil notificações da doença, sendo que 173 pessoas morreram por dengue e outros 101 óbitos continuam sob investigação. E lembrando que, começa hoje e vai até sexta-feira, o primeiro Levantamento Rápido de Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2020. Quase duas mil residências sorteadas pela Regional de Saúde de Divinópolis serão visitadas em Pará de Minas. No último levantamento, em outubro, Pará de Minas registrou 1,4%, estando na faixa de situação de alerta.
Foto: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FM
