Três anos depois da última captação de órgãos em Pará de Minas, o Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) recebeu ontem profissionais do Hospital Felício Rocho (BH) e do MG Transplantes. Eles vieram para a captação de órgãos autorizada por familiares de um paciente que, dias atrás, sofreu um acidente de trânsito. Desde o momento em que o paciente foi internado ele permaneceu no CTI, devido à gravidade da situação.
Com a evolução do quadro clínico para morte cerebral, médicos intensivistas conversaram com familiares e eles autorizaram o procedimento. Imediatamente o HNSC entrou em contato com o MG Transplantes. Os profissionais chegaram por volta das 11 horas, sendo transportados por um helicóptero da Polícia Militar de Minas Gerais, que pousou no Campo do Paraense.
A retirada dos órgãos durou 3 horas, e contou com apoio da equipe do Hospital Nossa Senhora da Conceição, chefiada pelo anestesista Sandro Caffaro. Foram retirados os dois rins, o fígado e as duas córneas. Tão logo terminaram os procedimentos, a equipe retornou a Belo Horizonte rapidamente. Antes de levantar voo o Coronel Ricardo Faria, comandante de Aviação do Governo de Minas, falou sobre a missão:
O transplante do fígado foi feito ontem mesmo em Belo Horizonte, porque o procedimento precisa ser imediato. Já os transplantes de rins podem ser feitos em até 72 horas, enquanto os das córneas podem esperar um pouco mais. Cinco pacientes que estão na fila de espera do MG Transplantes serão beneficiados com a doação desses órgãos.
O Diretor Técnico do Hospital Nossa Senhora da Conceição, Cláudio Levi, agradeceu os profissionais envolvidos nesse processo. Fez questão de destacar desde os cirurgiões habilidosos até os enfermeiros dedicados e a equipe de suporte. Lembrou que o ato de doar órgãos é um gesto de amor e compaixão que transforma vidas e rompe as barreiras de uma doença.
Foto: Reprodução/Hospital Nossa Senhora da Conceição e PMMG/Divulgação
