Novidade em relação ao Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte. O governador Romeu Zema anunciou que vai aceitar um pedido do governo federal e receber a gestão do espaço.Com isso, o empreendimento continuará funcionando. A condição imposta por Zema é que o aeroporto seja leiloado e concedido para a iniciativa privada. A articulação para a transferência do aeroporto ao governo mineiro passa pela Secretaria de Infraestrutura de Minas Gerais.
Mas isso não significa que a situação já esteja resolvida. O Sindicato da Indústria de Software e da Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Sindinfor) e a Associação de Empresas de Tecnologia da Informação (Assespro), protocolaram ofício solicitando uma audiência com o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, e o presidente da Câmara Municipal, vereador Gabriel Azevedo, para propor a instalação de um Distrito Industrial na área do aeroporto Carlos Prates.
A ideia é criar o Distrito de Inovação Prates Tech, mediante o entendimento de que Belo Horizonte é uma cidade que não comporta indústrias e o local é uma oportunidade para diversificar a economia da cidade. A inspiração para a proposta foi o projeto Porto Digital implementado em Recife, Florianópolis e Pedra Branca (SC).
O governo federal, por enquanto, confirma a desativação para o dia 1º de abril, próximo sábado. Já a Associação Voar Prates, que representa os 15 empresários que atuam no aeroporto, quer a permanência do funcionamento.
Na Câmara dos Deputados, a deputada federal Greyce Elias apresentou projeto para prorrogação do funcionamento por 24 meses e requerimento de urgência pra votação, mas as propostas ainda não entraram na pauta.
Já o deputado federal Rogério Correia afirma que, segundo o ministério, a desativação está confirmada para 1º de abril e "não há chances" do projeto da deputada Greyce Elias ser votado nos próximos dias.
Desde o início da notícia de que o Carlos Prates seria desativado a partir de 1º de abril que uma verdadeira novela entre empresários, pilotos e entusiastas vem acontecendo, todos em defesa da manutenção das atividades.
Já os moradores da região vêm se posicionando contrários à manutenção das atividades, em virtude dos frequentes acidentes. Esse tipo de rejeição também vinha sendo observada em Pará de Minas, uma vez que a cidade surgiu como opção para receber o aeródromo de BH. No bairro Santos Dumont, onde fica o aeroporto local, a população não esconde o medo de conviver com maior número de voos. Ontem falaram ao Jornal da Manhã Maria das Graças e Rosemeire de Faria:
Já o paraminense Luiz Viana David é favorável à transferência dos voos para cá, desde que fosse construído um aeroporto longe da área residencial:
E hoje, segundo algumas fontes, deve acontecer uma nova reunião entre representantes do Governo de Minas, Associação Voa Prates, parlamentares e, possivelmente, um integrante da PBH em busca de solução para o caso.
