Apesar do desequilíbrio ainda presente entre custos de produção e receitas, a suinocultura nacional tem se destacado no mercado interno, aproveitando-se do aumento de preço das carnes bovina e de frango.
Prova disso foram os dados divulgados pelo IBGE sobre o abate de suínos no Brasil no segundo trimestre do ano, entre abril e junho. Foram mais de 14 milhões de cabeças abatidas, um número recorde na série histórica iniciada em 1997.Ainda de acordo com o IBGE, o total representa elevação de 7,2% na comparação com o mesmo período de 2021, e alta de 3% ante o primeiro trimestre de 2022.
Por ser um polo da suinocultura mineira, a região de Pará de Minas tem uma importante contribuição nesses dados, segundo informou ao Jornal da Manhã o gestor de Operações da SB Agro, Carlos Eduardo Cançado Melo Franco.
Usando como exemplo a empresa onde trabalha, Carlos Eduardo informou que a produção média mensal de suínos é de 200 toneladas nas duas granjas em funcionamento. Sobre os fatores que influenciaram o número recorde de abate, Carlos Eduardo destacou cenários internos e externos.
Embora tenha conseguido um número recorde de abate de suínos, o setor não considera este o melhor momento dos últimos anos. Ainda na entrevista ao Jornal da Manhã, o gestor de Operações da SB Agro afirmou que a suinocultura continua enfrentando dificuldades para produzir, já que o custo é maior que o valor de venda.
Questionado sobre o futuro, Carlos Eduardo se mostrou otimista e acredita em boas notícias para os suinocultores a curto e médio prazo.
Ainda na pesquisa do IBGE, o abate de bovinos também registrou aumento no segundo trimestre deste ano. Foram mais de 7 milhões de cabeças, alta de 2,7% frente ao mesmo período de 2021 e aumento de 5,2% em relação ao primeiro trimestre deste ano.
Já o abate de aves fez caminho inverto e registrou queda. Foram 1,49 bilhão de cabeças abatidas de frango, retração de 2% em relação ao trimestre equivalente do ano anterior e redução de 3,4% na comparação com o primeiro trimestre de 2022.
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