A direção da Turi ainda não se posicionou sobre a condição imposta pela Prefeitura de Pará de Minas, para renovação do contrato de prestação de serviços no município.
A concessionária do transporte público foi surpreendida com a proibição do reajuste até dezembro. A Turi aguardava o contrato para elevar as tarifas que estão vigorando há mais de três anos.
Houve uma demora e tanto na renovação, mesmo ela tendo ganhado a licitação pública. Uma empresa do ramo apresentou denúncia de irregularidade no processo junto ao Tribunal de Contas de Minas Gerais e o órgão levou meses para analisar a documentação.
O sinal verde chegou agora, mas coincidiu com a pandemia e a estratégia da prefeitura para não prejudicar o bolso dos passageiros foi proibir o reajuste da tarifa, mesmo isso tendo sido acordado anteriormente.
A prefeitura também não vai reduzir o número de passes livres dos idosos e pessoas com deficiência, alegando que esse é um assunto para ser discutido entre a Turi e o Ministério Público, já que a legislação nacional exige essas gratuidades.
A documentação que assegura a renovação do contrato da Turi em Pará de Minas está sendo analisada pelo departamento jurídico da empresa. Os advogados estudam o assunto com muito critério, já que a ausência de receita elevada coloca a concessionária em situação mais difícil.
A empresa ainda não fez qualquer manifestação pública sobre as novas exigências, mas a entidade que representa os trabalhadores já sinalizou seu posicionamento contrário.
O Sindicato dos Motoristas de Pará de Minas, representado por seu presidente Francisco Borges, considera impossível a manutenção dos valores das passagens. A preocupação da entidade também se estende aos funcionários que estão com salários bastante defasados.
Francisco Borges também alerta para a necessidade de várias adequações no transporte urbano:
Essa também tem sido a preocupação de muitos vereadores que acompanham a redução de linhas da Turi, nesse momento de distanciamento social. A pergunta que eles fazem é a seguinte: Se a empresa já vinha alegando prejuízos e dependia do reajuste da tarifa para recompor parte das perdas, como é que ela vai aguentar nesse resto de ano?
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
