Bebida mais consumida pelo brasileiro – depois da água – o café tem se tornado ainda mais especial. E não falamos apenas no sentido de importância mas também da qualidade, já que os processos de produção estão sendo modernizados para oferecer ao consumidor um produto mais saboroso.
Esse cuidado no plantio, colheita, preparação e na comercialização, atrelado à mudança de comportamento e ao crescimento do poder de compra das classes menos favorecidas, propiciou a expansão dos cafés especiais no Brasil, também conhecidos como café gourmet.
A classificação foi criada pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) para categorizar o café torrado e moído, feito a partir da espécie Arábica, considerada mais nobre. Portanto o gourmet é considerado um café de qualidade superior ao tradicional.
Em Pará de Minas, é possível encontrar esse produto na Feira de Hortifrutigranjeiros, da avenida Brasil, ao lado do campo do Paraense. Por lá, o cafeicultor David Perrupato, mantém a venda de café arábica, produzido pela sua família em Campo Belo.
Desde quando começou a ser vendido na feirinha, o produto teve boa aceitação e David percebe um mercado com potencial em Pará de Minas. Em conversa com o Jornal da Manhã, ele falou de como se avaliar um bom café, o que pode tornar o gosto pela bebida ainda mais viciante.
O cafeicultor também explicou as diferenças de intensidade, ressaltando que nem sempre essa característica está ligada à quantidade de açúcar adicionada na preparação da bebida.
Para quem atua ou tem interesse em entrar nesse mercado, o setor tem conseguido bons números nos últimos anos. Segundo dados da Abic, mesmo com a pandemia o consumo de café no Brasil cresceu 1,34% em 2020.
Foram consumidas mais de 20 milhões de sacas, segundo maior consumo da série histórica, o que dá uma média per capita de 4 kg. É como se cada brasileiro tivesse consumido duas xícaras por dia, com um gasto médio de R$ 127,20 ao longo do ano.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
