Os golpes aplicados pelo casal de advogados indiciado na terça-feira (29) em Pará de Minas chegam a R$156 mil. A informação foi divulgada nesta quarta (30), pelo delegado César Augusto Faria Freitas, durante entrevista entrevista coletiva.
Até o momento, 60 pessoas que teriam sido vítimas da ação do casal foram identificadas. A dupla se passava por agentes de turismo em Pará de Minas. Segundo o delegado, o casal é investigado pela prática de estelionato, falsidade documental e ideológica. Os advogados foram presos preventivamente na terça.
A investigação, segundo a Polícia Civil, iniciou a partir da notícia entregue por agências de turismo da cidade, de que o casal praticava golpes por meio do intermédio da venda de pacotes turísticos, passagens áreas, reserva de hotéis e do pagamento destes locais com dados bancários de terceiros.
O casal, de acordo com a polícia, recebia o dinheiro de grande parte das vendas turísticas à vista, mas não repassava os valores aos estabelecimentos. Em alguns casos, foi verificado que os investigados teriam usado informações de terceiros não envolvidos na negociação.
A partir da denúncia das agências, as investigações apontaram que os suspeitos também agiram em cidades da região. "Em Ipatinga e Coronel Fabriciano, 40 pessoas estavam sendo lesadas com uma suposta viagem para a Terra Santa com data para fevereiro de 2022.
Descobrimos também 20 vítimas em Belo Horizonte com diversas viagens e outras vítimas que estão chegando para gente", disse o delegado.
De acordo com a Polícia Civil, as vítimas eventualmente descobrem o golpe quando chegam no hotel e verificam que, apesar da reserva, o pagamento não foi efetuado, ou quando chegam no aeroporto e descobrem que, apesar de existir a reserva do voo, não existe o pagamento.
O trabalho de investigação segue, segundo a Polícia, para que novas vítimas sejam identificadas.
Informações - G1/Centro-Oeste
Foto: Policia Civil/Divulgação