Donos dos postos de combustíveis de Minas Gerais estão apreensivos em relação à reposição do estoque. Eles estão encontrando dificuldade para comprar os produtos nas distribuidoras, principalmente gasolina.
Os revendedores alegam que as empresas estão adotando essa prática comercial por causa do aumento do preço dos combustíveis, previsto para 1º de julho. Nesta data, acontecerá o retorno da incidência total dos impostos federais na gasolina e no etanol.
Os combustíveis vão sofrer aumento com a volta da cobrança integral dos tributos PIS/Cofins e da Cide. No ano passado, o presidente Bolsonaro zerou as alíquotas desses impostos na tentativa de forçar uma redução nos preços. A medida tinha validade até dezembro.
Já neste ano, o presidente Lula decidiu prorrogar a isenção de janeiro a março e depois realizou uma reoneração parcial. Já a partir do próximo sábado, o valor voltará a ser cobrado integralmente, com uma alta de R$0,22 por litro de etanol ou gasolina.
O Jornal da Manhã entrou em contato com alguns donos de postos em Pará de Minas, para saber se eles também estão tendo dificuldade para adquirir os combustíveis.
Por enquanto o abastecimento está normalizado, mas existe a preocupação em relação aos próximos dias. Inclusive, os postos já receberam um manifesto do Minaspetro, que é o sindicato que representa a categoria.
Na nota, o órgão informou que caso a suspeita se confirme – de que as distribuidoras estariam evitando vender por causa do aumento de preços – será lamentável, porque esse modelo de operação fere cláusulas de contratos das companhias com os postos, além de ocasionar desabastecimento em algumas regiões.
Foto Ilustrativa: Renato Fernandes/Rádio Santa Cruz FM
