Depois do aumento do consumo de álcool no período mais crítico da pandemia de covid-19, pesquisas apontam que o movimento inverso está acontecendo agora. Pela primeira vez, em sete anos, os índices referentes ao consumo de álcool entre os brasileiros vêm caindo. E o que mais chama atenção é que a redução é percebida, sobretudo, entre os mais jovens que somam menos de 20% entre homens e mulheres dos 18 aos 24 anos.
Há quem interprete o distanciamento do álcool como resultado da maior convivência dos jovens com seus pais, no período da pandemia, assim como a suspensão dos eventos. Mas existem outros fatores que podem ser levados em consideração quando o assunto é o abandono do alcoolismo. Um deles é a consciência de que o efeito da bebida tem sido danoso para a vida social e a saúde.
Muitas vezes a consciência chega após repetidas ressacas físicas e morais, como mostram as reuniões dos grupos de Alcoólicos Anônimos (AA), que estão cada vez mais movimentadas.
Izaltino Luiz Passos, membro do AA, abriu mão do anonimato para conversar conosco sobre o assunto e falou da chegada de novos frequentadores às reuniões. Alguns encontros já contabilizam até 50 participantes, número que há muito tempo não era registrado em Pará de Minas:
Izaltino também atua como secretário de abordagem do AA, levando mensagens a quem está sofrendo com a dependência do álcool, e ele tem notado também que as pessoas estão mais abertas a receber ajuda. O testemunho dele, que há 50 anos está longe do álcool, também ajuda nesse processo de convencimento para a mudança de vida de quem enfrenta problemas com a bebida.
Pará de Minas conta com 4 grupos de AA: Vida Nova, no bairro Nossa Senhora das Graças; Lar Feliz, no Santos Dumont; Imigrante, no bairro São Pedro; e Nova Família, no distrito de Torneiros.
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