Os ex-funcionários da extinta Companhia Industrial Belo Horizonte, que ingressaram ação judicial requerendo o rateio da massa falida para o pagamento de indenizações trabalhistas, continuam aguardando a liberação do dinheiro. A indústria têxtil decretou falência em 1992, mas somente em 2020 foi autorizado o pagamento de cerca de R$ 24 milhões para os mais de 6.500 credores da massa falida da companhia.
Acontece que nem todos os trabalhadores receberam o dinheiro do terceiro rateio. Aqueles que eram assistidos pela advogada Umbelina Felicidade Melo, a popular Guiguinha, falecida em julho de 2022, receberam o acerto. Mas a outra parcela de trabalhadores, que seriam acompanhados pelo advogado Antônio Rocha, de Belo Horizonte, continuam aguardando a liberação do dinheiro.
É que ele enfrenta problemas de saúde há algum tempo, o que dificulta o acesso dos clientes às informações sobre o processo. Uma das reclamantes é Régia Cristina Marinho, que já entrou em contato com o advogado diversas vezes, mas não teve retorno. O Sindicato dos Trabalhadores Têxteis também não consegue levantar informações.
Indignada, Régia diz que não espera receber valores muito altos, mas entende que, assim como ela, todos os ex-funcionários devem receber o que é seu por direito.
Desde a liberação do recurso pelo TJMG que o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Pará de Minas vem orientando os ex-funcionários a procurar os advogados que os representaram nas ações, solicitando o pagamento da dívida trabalhista. Mas conforme os próprios trabalhadores atestam, o advogado Antônio Rocha não tem respondido às chamadas devido à sua condição de saúde.
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