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Depósito de recicláveis perto da Ponte Grande vira um problemão

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A avenida de Lima, quase na esquina com a Ponte Grande, que fica na avenida Presidente Vargas, voltou a ser usada como depósito de materiais recicláveis. 

A equipe do Jornal da Manhã flagrou uma quantidade significativa deste tipo de resíduo dividido em grandes sacos de lixo colocados nos passeios. Expostos a céu aberto, em pleno espaço público, e sem qualquer proteção contra a chuva, os materiais se tornaram um desafio para o poder público.

Legalmente falando, os passeios ou a via não podem ser transformados em depósitos de lixo reciclável, independente do movimento de veículos e pessoas na área. O armazenamento indevido é uma questão de saúde pública, podendo contribuir para a transmissão de doenças, seja por via direta ou indireta.

Acontece que a situação da avenida de Lima não é tão simples de resolver. De acordo com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, ao contrário do que se pensa, os responsáveis pelos materiais não são moradores de rua, mas trabalhadores autônomos sem espaço particular para deixar os recicláveis.

Há alguns meses, após uma ação das autoridades, eles deixaram a avenida de Lima, onde já mantinham a prática de juntar o lixo, e foram para um terreno no bairro São Luiz. Como a mudança de endereço não foi bem vista pela vizinhança, os catadores voltaram para perto da Ponte Grande.

O secretário de Assistência Social, Flávio Medina, está acompanhando a situação e buscando alternativas para que os responsáveis continuem o trabalho sem poluir o espaço público. Uma das ações possíveis é a criação de uma associação para facilitar a conquista de um espaço específico para o armazenamento dos materiais.

A situação da avenida de Lima também já chegou ao conhecimento da Secretaria Municipal de Agronegócio, Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente. O responsável pelo órgão, José Hermano de Oliveira Franco, disse que a atuação dos catadores é nobre, mas reconhece que o armazenamento da forma que está sendo feito tem prazo de validade na avenida. 

Não se sabe quantos catadores são responsáveis pelos materiais. Nós tentamos localizar algum trabalhador, mas no local estavam apenas os sacos de lixo. 

Fotos: Germano Santos e Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM 




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