Os moradores do bairro Nossa Senhora de Fátima continuam preocupados com as constantes enxurradas que vem descendo da região onde está sendo construído o novo cemitério de Pará de Minas.
Estamos falando da região da rua Alvino Acácio da Silva, onde algumas casas foram tomadas pela água e pelos entulhos que desceram pela rua, há algumas semanas, depois de um temporal.
A situação foi tão grave que as famílias precisaram deixar os imóveis e perderam várias peças da mobília. E o problema persiste, já que a primeira chuva forte, na semana do dia 10 de dezembro, só abriu as portas para que outras enxurradas viessem acender o alerta na comunidade.
Dona Ana Maria, moradora do local há 43 anos, chamou nossa equipe de reportagem para falar sobre o problema que tem sido agravado pelo grande volume de entulho, levado pela enxurrada, e que se acumula na via pública.
Segundo ela, em mais de 4 décadas no bairro, esta situação nunca havia acontecido. Por causa disso, relaciona o problema à construção do cemitério no alto do bairro.
Outra moradora da rua Alvino Acácio, Cíntia Nogueira, tem acompanhado esta situação com muita preocupação. Embora sua casa não tenha sido afetada diretamente, ela conta que ajudou uma das moradoras a retirar os móveis no dia da grande enxurrada. Agora, Cíntia teme pela piora do problema, que pode trazer ainda mais danos à comunidade, estragando, inclusive, as comemorações natalinas desta semana.
O JM tratou do assunto com o secretário de Obras de Pará de Minas, José Cornélio de Oliveira, que se defende, dizendo que o problema não tem nenhuma relação com o terreno do novo cemitério.
Sobre a possibilidade de indenização, cogitada por Dona Ana Maira e também por outros moradores, José Cornélio descarta a hipótese e justifica sua posição:
No que diz respeito ao apoio social, Cornélio garante que o município já ofereceu o aluguel social, para os moradores que precisaram deixar as residências e está indenizando pelos móveis perdidos.
