O ano começou com bastante movimento na agência do Banco do Brasil de Pará de Minas. Desde o primeiro dia de atendimento, a instituição tem sido procurada por diversos produtores rurais de olho nos recursos do Plano Safra 2023/2024.
A corrida pelo crédito acontece diante das necessidades ou de oportunidades do mercado, especialmente com os efeitos das condições climáticas nas produções.
A intenção dos produtores, independentemente do porte, é investir em melhorias para reduzir custos, otimizar a produção e aumentar a margem de lucro.
Kélia Mara Pereira, gerente de Relacionamentos da Carteira Agro, confirmou que a demanda por recursos do Plano Safra foi elevada em dezembro e cresceu agora. Em algumas linhas, por exemplo, a verba está acabando, e a gerente não descarta a escassez total até o lançamento do próximo plano.
O Plano Safra 2023/2024 é o maior da história, com a liberação de R$ 435 bilhões para investimentos. Até a primeira quinzena de dezembro, foram desembolsados R$ 217 bilhões, aumento de 15% em relação ao mesmo período da safra anterior.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 126 bilhões, enquanto as concessões das linhas de investimentos totalizaram R$ 44 bilhões. Já as operações de comercialização atingiram R$ 26 bilhões e as de industrialização, R$ 20 bilhões.
Para 2024, o crédito rural deve se manter em alta, sobretudo com os efeitos do clima nas produções. De acordo com Kélia Pereira, existe uma previsão de aumento dos insumos, o que deve encarecer os custos do setor.
Ainda de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, para este ano a Secretaria de Política Agrícola continuará com foco na ampliação de ações estratégicas referentes ao desenvolvimento da inteligência do agro e de mercado.
Elas também estarão voltadas para o estímulo das ações de sustentabilidade da agropecuária e agregação de valor e acesso a mercados; além da ampliação do acesso ao crédito e seguro rural.
Fotos: Amilton Maciel - Rádio Santa Cruz FM
