O acidente numa academia de musculação em Juazeiro do Norte, no Ceará, que provocou o deslocamento da coluna de um homem de 42 anos, tem repercutido em todo o país.
O acidente aconteceu há poucos dias, quando motorista de aplicativo Regilâneo da Silva Inácio foi atingido nas costas por um aparelho de musculação que se desprendeu, enquanto ele fazia exercícios de agachamento.
O fato chamou atenção dos alunos das academias que realizam este tipo de exercício quase que diariamente. O questionamento é se os equipamentos disponíveis para a atividade física estariam com a manutenção em dia e com travas de segurança que garantissem a segurança dos alunos.
A preocupação também já chegou a Pará de Minas, já que por aqui milhares de pessoas frequentam estes espaços de musculação, fazendo exercícios em máquinas semelhantes à que provocou o acidente no Ceará.
Sobre o assunto o JM conversou com André Felipe Magalhães Martins, sócio proprietário da Academia Perfil. Ele esclarece que é comum as academias realizarem a manutenção preventiva periódica de seus equipamentos, a fim de garantir a segurança dos alunos e também dos instrutores.
No caso da Perfil, André Felipe conta que ele mesmo observa e repara os aparelhos sempre que necessário.
Ele explica que alguns equipamentos de musculação já vêm de fábrica com travas de segurança, sobretudo os mais modernos e de boa qualidade. O problema é que nem sempre as academias conseguem adquirir os aparelhos mais novos.
Quanto às situações que podem provocar acidentes semelhantes ao do Ceará, André Felipe aponta três possíveis situações. A primeira seria a falta de orientação ou de acompanhamento do instrutor. A segunda é a qualidade do aparelho, como já foi mencionado.
E a terceira situação, que é uma das mais preocupantes, seria a obcessão de muitos alunos em conseguir resultados rápidos, o que provoca exagero na carga dos exercícios, com o aumento de peso e a intensidade por contra própria.
André Felipe alerta aos praticantes de atividades físicas para que busquem sempre orientação de seus instrutores, em relação à intensidade dos exercícios e à utilização de cada equipamento, a fim de evitar acidentes.
Quanto à situação de Regilâneo, vítima do acidente no Ceará, a lesão provocada pelo aparelho foi complexa e atingiu uma vértebra, o que pode comprometer a funções motoras e sensitivas.
Ele já passou por cirurgias, está estável, mas de acordo com a família, os médicos estimaram apenas 1% de chance de voltar a andar, devido à gravidade da lesão.
Fotos: Germano Santos Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa Reprodução pixabay.com
