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Mobilização em favor do aleitamento materno: desafios são grandes

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Já está em andamento a campanha de mobilização dos profissionais, entidades e instituições de saúde em favor da conscientização sobre a importância do aleitamento materno. 

Chamada de ‘Agosto Dourado’, a campanha é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) que, desde 1992, tem investido neste trabalho em prol da saúde das crianças.

O tema deste ano no Brasil é “Apoiar a amamentação é cuidar do futuro”, que foi definido pelo Ministério da Saúde. Em Pará de Minas os estabelecimentos de saúde e profissionais da área já estão mobilizados. 

A médica pediatra Guaniara Cunha, que atende no Ambulatório Médico de Especialidades (AME), falou ao Jornal da Manhã destacando os benefícios da amamentação:

A médica orienta sobre a forma correta de amamentar, desde o primeiro momento de vida do bebê. Além de servir de alimento, a amamentação representa forte ação preventiva para a saúde do recém-nascido. 

E não é só na prevenção de doenças do bebê que o aleitamento contribui.

Doutora Guaniara reconhece que esta campanha é mesmo um desafio, já que nem sempre as mamães recebem orientação para manter o aleitamento adequado, sobretudo as mulheres que trabalham fora.

Uma pesquisa publicada na Revista Cadernos de Saúde Pública mostrou o dilema de muitas mães para amamentar os filhos exclusivamente com o leite materno os primeiros meses de vida. 

A dificuldade é maior entre mães com ocupações manuais semiespecializadas, como manicures, auxiliares de laboratórios, feirantes, entre outros, e com jornadas de trabalho de 8 ou mais horas diárias. 

De acordo com os dados, entre as mulheres que não têm nenhum tipo de trabalho remunerado, 46% mantiveram o leite materno como único alimento de seus bebês até o quarto mês de vida. 

Já entre as mães que estão em ocupações manuais o percentual caiu para 34%, mesmo índice das mães com jornadas de trabalho de 8 ou mais horas diárias. O estudo também mostrou que as mães com ocupações em funções de escritório, que trabalhavam entre 4 e 7 dias por semana e por 5 a 7 horas, também praticaram menos o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês. 

Os pesquisadores explicam que um dos principais efeitos negativos do retorno das mulheres para o trabalho antes de a criança completar seis meses é a diminuição da produção do leite materno, o que acaba contribuindo para a redução do aleitamento materno exclusivo, em especial, quando a jornada é integral. 

Vale lembrar que a Constituição Federal estabelece como obrigatória a licença maternidade por 120 dias, podendo ser iniciada até 28 dias antes do parto. Já o Ministério da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida da criança. 

Foto: Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação






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