O efeito cascata das condições climáticas e do recente reajuste no preço do óleo diesel já reflete no bolso do consumidor. Especialmente no segmento de hortifrutis, que engloba frutas, verduras e legumes, os clientes estão abusando da criatividade para manter a despensa abastecida sem pressionar o orçamento mensal.
O que mais impressiona até agora é a disparada do preço da cenoura, que sempre foi uma verdura tradicional no prato do paraminense. Hoje, ela é encontrada nos sacolões e supermercados a partir de R$ 10,00 o quilo.
Mas essa não é uma situação exclusiva de Pará de Minas. De acordo com o Centro de Estudos Aplicados em Economia (Cepea), a cenoura atingiu o valor mais alto desde o início da série histórica do centro de estudos, em 2008.
A caixa de 29 kg da cenoura suja, que considera o não processo de lavagem e embalamento, era vendida pelos agricultores a R$ 140,00 até 11 de março. Mas aa mesma época, só que em 2021, uma caixa do mesmo tipo saía por R$ 11,00.
Outras verduras como a cebola e a batata também tiveram aumento de preços, assim como as frutas, caso da maçã, melancia e do mamão. Aliás, o mamão foi motivo de espanto para a dona Maria Inês Gonçalves. Ela ficou impressionada com o fato da fruta estar custando mais caro que um corte de carne.
E as perspectivas para os próximos meses não são das mais otimistas em decorrência do aumento do preço do óleo diesel, principal combustível usado para abastecer os caminhões que fazem o transporte dos alimentos até os centros de distribuição.
O reajuste de quase 25% do diesel vai impactar em toda cadeia produtiva. Só como exemplo, o Conselho Nacional de Estudos em Transporte destacou a necessidade urgente de revisar os valores dos fretes, recomendando um reajuste de mais de 28% na carga fracionada e de lotação.
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