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Prefeito de Itaúna é denunciado por compra de votos para eleição da Mesa Diretora na Câmara

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Um dia após a retirada de 40% da frota de ônibus do transporte público de circulação, a cidade de Itaúna voltou a ser destaque no noticiário mineiro. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais acatou a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra o prefeito de Itaúna, Neider Moreira (PSD), por corrupção ativa.

Segundo a denúncia, Neider Moreira teria oferecido vantagem indevida a alguns vereadores para que eles votassem no candidato à presidência da Câmara Municipal que tinha o apoio político dele. O fato teria acontecido ainda no primeiro mandato eletivo de Neider, entre outubro e dezembro de 2018.

As investigações do Ministério Público apontaram que o prefeito prometeu manter ou nomear pessoas indicadas pelos vereadores para ocupação de cargos em comissão na Prefeitura e outras entidades municipais. Foi apurado, inclusive, que o chefe do Executivo chegou a exonerar servidores ligados a vereadores que não teriam votado conforme indicado por ele. 

Conforme o procurador de Justiça Cristovam Joaquim Ramos Filho, a interferência do prefeito na atividade do Poder Legislativo local, com a compra de votos de vereadores, foi devidamente comprovada por provas testemunhais e por áudios e mensagens de texto extraídos por meio de perícia do celular apreendido de um dos vereadores.   

A defesa de Neider Moreira se posicionou sobre o caso. Em nota enviada ao Jornal da Manhã, ela informou que “ainda não teve acesso ao inteiro teor do acórdão pelo qual a denúncia fora recebida, e apesar de respeitar os trabalhos do Colendo Órgão Colegiado, entende que o feito permanece sem justa causa para sua tramitação”.

Ainda segundo a defesa, a “suposta interferência do prefeito nos trabalhos do Legislativo “é fundamentada por uma representação dirigida ao Ministério Público que deturpou” a verdade dos fatos, valendo destacar que é subsidiado por conversas de um grupo de whatsapp composto apenas por integrantes da oposição política do Prefeito Neider.

A defesa ressaltou, também, que respeita os trabalhos realizados, “mas que ao final a justiça há de imperar e não poupará esforços para provar a verdade ao Poder Judiciário, adotando todas as medidas cabíveis para trancamento da ação”.

Ainda em nota, a defesa de Neider lembrou que uma ação civil pública que delibera sobre o mesmo ocorrido tramita na Justiça. A ação do Ministério Público foi rejeitada em primeira instância com o argumento de que a conduta não foi devidamente tipificada, não podendo configurar-se como improbidade administrativa. O órgão ministerial recorreu da decisão. 

Foto: Reprodução da Prefeitura de Itaúna/Divulgação






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